quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Dos Afixos

Primeiro teremos de lembrar do comportamento dos morfemas. Alguns se comportam de forma livre, ou seja, em si mesmos já tem todo o significado sem precisar de outros para lhe auxiliar. Outros se comportam de forma presa, ou seja, necessitam estar colados a outro morfema para passar o seu significado, que no caso acaba alterando o significado do todo. E por ultimo temos os morfemas de forma dependente, conforme a proposta de uma terceira classificação por Câmara Jr. (1970, p. 60) que são o caso das preposições artigos, que por si só não exprimem seu significado, mas também não precisam estar presos de outros morfemas, mas apenas a presença de outros no enunciado.
Pois bem aqui os afixos são justamente os morfemas de forma presa. E aqui teremos a presença do conceito de radical. (Ver postagem Da diferença entre Raiz e Radical)
Há três tipos de afixos: os prefixos, os infixos e os sufixos.
"Os afixos antepostos ao radical denominam-se prefixos (des-leal, in-feliz, re-por); quando pospostos, recebem a designação de sufixos (cruel-dade, firme-mente)." (KEDHI, Valter. MORFEMAS DO PORTUGUÊS. 5ª EDIÇÃO)
Os prefixos geralmente agregam-se a verbos e a adjetivos, tendo poucos exemplos de casos com substantivos, como se verifica com deverbais (des-respeito, re-torno).
Já os sufixos podem contribuir para a mudança de classe do radical a que se juntam. Podem ser nominais, quando formam nomes, e verbais. Além de haver um só sufixo adverbial (-mente).
Porém os afixos infixo não ocorrem no português, mas estão presentes em outras línguas  O infixo se dá dentro do radical.

Bibliografia:
KEDHI, Valter. MORFEMAS DO PORTUGUÊS. 5ª EDIÇÃO. Cap. 5 Pág.
CARONE, Flávia de Barros. MORFOSSINTAXE. 9ª EDIÇÃO. Cap. 2 Pág. 31.

2 comentários:

  1. É isso aí! Mas ainda sinto falta de algum texto que nos introduza o assunto. É didático e funcional, pense nisso.

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